dezembro 30, 2005

embora.ame.o.que.faça

Eu não sei o que vai ser melhor para mim, a vida preocupa-me o suficiente para nalguns dias não me apetecer nada mais que paz. E na verdade "Não sei se vou ficar bem assim".

dezembro 29, 2005

happy.birthyear

Entretanto, nem me dei conta. Mas o meu blog fez um ano!!!
O frenesim deixou-me escapar esta festividade, que deverá ter honras. Alguma coisa mudou na minha vida com o blog? Sinceramente, acho que não. Mas funciona como se fosse a melhor catarse do mundo, em que se despeja o saco das torturas, amadurecimentos e desgostosas desaventuras.
E igualmente, como um bom lugar de destaque, saboroso, sem romantismo dependente, e sem preocupações de plateia, o espelho das boas palpitações, das emoções revigoradas, rápidas e etéreas. Tão especiais... porque só minhas se reconhecem, com mais ou menos ilusão ou engano.
Recuso o balaço de 2005, porque muito se jogou, e nem sempre justo.
Gostei do embalo, do desafio, e da possibilidade de escrever-me diferente.

dezembro 24, 2005


Merry Christmas to all... Posted by Picasa

dezembro 13, 2005

my.sexual.soul

Antes de me abandonar no exercício de yoga, que espera por mim dentro de alguns minutos, venho aqui atestar, que me apercebi de um foco de mudança meu. Não urgente, porque já tenho vindo a dar atenção a esta área de desenvolvimento nos últimos anos.
Flexibilizando assim, a perspectiva que só os outros necessitam de mudança, de crescimento! Claramente, e usando palavras não minhas "talvez o teu grande desafio para esta vida seja afectivo-sexual". É sim, sem dúvida. Não sei expressar o desejo, e até me esqueço dessa realidade dentro de mim, afunda-se, agoniza-se e depois transponho a "líbido" condensada para actividade, dinâmica e vital, mas sempre com objectos de trabalho, estudo, e vida social não íntima. "É preciso que desarranjes e voltes a arranjar essa área!" porque o potencial expressivo é capaz mesmo de estar embalado. Temo a minha própria intensidade, porque no fundo não a expresso continuamente. Jorra descontroladamente, sou interpretada como...
Olvido a minha sensualidade, porque não sei lidar com as atenções masculinas muito vincadas, muito desejosas, com perseguições. Será que ainda me premeio por falta de confiança na minha auto-imagem física, será que recuso aceitar o lado mais efervescente,i.e. o animal. De facto, receio mostrar o meu corpo, com contornos sensuais acentuados, e esse foi o trabalho que todas as relações intímas têm vindo a provocar em mim. Obrigada. Mas é preciso mais... ;)

dezembro 11, 2005


popcorn.brain Posted by Picasa

emerdeur.môr

Vibro com a capacidade de emerdar que certas pessoas revelam. E que defendem esta estratégia, de uma forma orgulhosa, a de reproduzir exponencialmente a merda em que chafurdam. E no pacote de (in) competências, consta igualmente a falta de coragem de assumir as consequências das suas acções, a valência dos seus princípios...
Compreendo que assim seja difícil gostar de si próprio (só mesmo quando o feedback dos outros é superficial e party style), e ainda mais difícil gostar profundamente dos outros, porque neles canalizamos as nossas frustações pessoais, as nossas (in)consequências que afinal causam danos, e perdas. Que apoio pior posso eu dar que o de simplesmente não tolerar a capacidade de se incapacitar à partida, a mediocridade de espírito.
Então que fazer no meio disto tudo?
Para constar deste clube, basta dizer o dito por não dito, o feito por não feito, o sentido por não sentido. E recomeçar no ponto zero, porque afinal nunca nos disposemos a sair dele, sentido-se pequeninos pela falta de carácter, de força e de garra. Facilidades demais, e pressupostos megalómanos que os outros se disponibilizarão sempre para a mudança, e claramente patrocinarão a nossa merda.

dezembro 06, 2005

dezembro 03, 2005

tortura.mi.siento

É imprevisível. Que tortura se revelam alguns dias, sinto o peso da desventura nos ombros, e a má sorte, mal olhada. Para quê tanta luta, tanto desatino de conquista, quando num dia só, uma série de empecilhos me torturam desta forma. Que stress, me arranha o couro cabeludo, e me deixa, assim, exausta em pouco tempo, com pouco esforço. Ansiedade, já por mim conhecida. Estravasada apenas em dias como o de ontem, em que o choro não acalma, como saciava quando caía da bicicleta em pequena.
Cansada deste ano de lutas diárias, e perdas instantâneas. De pequenos vôos que não se sustentam, qual primeiro vôo de pequenos pássaros. De confianças novas, mas de decepções mais fortalecidas. De falta de tempo, de falta de toque, de falta de calma.

novembro 11, 2005

the.freak.that.i.control

Reconheço-me numa poligamia de estilos de vida confusa. Prioridades ilusioriamente calcetadas, das quais pareço desconhecer a velada magnitude que as pressões sociais começam a incomodar. Assumo estar confusa com tantas possibilidades, e espanta-me porque para a maior parte (i.e., rede social, por mim considerada, sempre pequena) esse não é o core submerso do iceberg. Parece existir um consenso quanto às possibilidades tidas como confortáveis para os que nos querem mais. Mas esquecemo-nos sempre que os que nos querem mais, querem-nos sobretudo para eles. Ou pior, que sejamos como eles.

outubro 31, 2005

for.the.heart.is.an.organ.of.fire

Suspirei no outro dia, numa lassidão desperta, enquanto nos enrolávamos religiosos num leito de entrega. Como não poderia deixar de acontecer, uma mente inquieta como à minha procura sempre encontrar mistérios, seguidos de respostas prováveis e enérgicas para os mesmos. Daí que surgiu a necessidade clara de identificar uma nova sensação de intimidade. Sem ter consciência se já teria sido descrutinada, empolada e preenchida de significados e enredos. Identifiquei-a. Descrevi-a. Para ti, só porque ambiciono criar um mundo narrativo contigo, qual romance escrito a dois pontos de vista complementares, induzindo grandes crescimentos e fusões. A guerra dos sentidos, fogo de inclusão, sublimou-se apenas neste simples toque específico.
Quero o peito do teu pé, na planta do meu!

outubro 07, 2005

re.start.feeling

O meu amor tem cordéis. Atacou o meu coração ao seu.
Beijou-me as lágrimas que ainda sobravam.
Descobre-se um novo sentimento.
Tão fundo.
Tanta paz.

outubro 03, 2005


can't.help.it.i.love.him Posted by Picasa

suicide.bloom

Que razões. Que pressupostos. Que silogismos. Que absurdos. Que tristezas. Que desilusões. Que ausências. Que falhanços. Que violações. Que brutalidades. Que sentimentos. Que agressões. Que manipulações.
Justificam. Desresponsabilizam. Convencem.Incentivam. Impelem.
O suicídio de alguém?
Com aviso ou sem.

setembro 26, 2005

curto.circuito.bateria

Admito.
O meu capitalismo é exarcebado, no que diz respeito ao meu pópó!
Sim, neste aspecto sou mesmo possessiva, reforçando que é o meu carro. Perfeito. Sexy. Veloz quanto baste para umas mãos de fraca arrumadora, dada a uma distraída e instável condução.
Não consigo imaginar-me sem ele. Ainda porque resido numa zona desprovida de qualquer coerência e perspicácia, em matéria de transportes públicos. Vivo no fim-do-mundo. Perto das estradas costeiras de terra batida que cheiram a mar, que criam nostalgia de Moçambique. Apesar de que já não tenho a pick-up que supera todos os safaris sobreaquecidos.
No fim deste fim-de-semana de perda, em que a casa me parecia minúscula e sísmica, e a minha liberdade diminuta. Afinal era só a bateria. Exausta.
Seria bom, se connosco pudesse ser assim tão simples!!

setembro 25, 2005


find.me.a.new.picture. Posted by Picasa

setembro 24, 2005

spoiled.trashcan

Certezas não existem. Injustiças, muitas. Esta, por exemplo. Que jogo sujo, que tão pouco te reconheço nele. Injecções de novelas em demasia dão nisto!
Num descontrolo de egocentrismo convulsivo, orgulho ferido, sem sentido, sem balizas.
Dorme com quem tu quiseres.
Mas comigo nunca mais, nem em sonhos, nem noutra vida. Proíbo-to.
Para além de que dessa forma nunca o fizeste comigo, pois não? Sei que sentiste a diferença. E viverá dentro de ti. Estraguei-te. Amei-te. Engano meu, desculpa.
No percurso de recuperação da nossa amizade, olho-te agora e já nada vislumbro da pessoa que me mostraste. Quais princípios. Amachucaste, desta vez sem remendo.
Pisa. Finda a nossa relação de amizade, com esta expressão impulsiva de um sentimento desesperado para mostrar intimidade.
Intimidade para mim é excepção, perfeição de entrega rara. E a minha auto-estima não precisa que ela aconteça para se mostrar desejável.
Quanto equívoco, quanta falta de bom-senso.

mulungo.feeling

Antes do mata-bicho, decido contar. Organizar experiências que repintaram a estrutura. Sinto os meus pés a arreliarem a areia, marcando-a profundamente em cores de pele e dos meus cabelos. África deixou-me aparvalhada, num estado de deslumbre com a coerência de tudo o que é pequeno, sentido, colorido e imaginado.
A colagem perfeita entre o meu lado emocional e aqueles lugares, inexplicável, são coisas de almas, relativizadas pelos tempos. Talvez.
Chegou aos meus sentidos a calma austral de quem aprecia a beleza de um lugar destruturado, mas cheio de vida, acumulada em sorrisos perfeitos e corpos que desafiam paradigmas impostos de sociedades de mulungos.
Olhares que revitalizam fechamentos, que obrigam a necessidade de se surpreender com tudo o que se pensava já visto, já conhecido.

mata-bicho - termo moçambicano para pequeno-almoço
mulungo - branco em Ronga

setembro 18, 2005

agosto 17, 2005

aero.porto

Azul. Cor latejante de aventura e horizonte que me transforma, apesar do medo. O meu olhar perde-se no presente, e futuro próximo. Nebulosidade que se apaga. Agora sei porque me vaganbundei tanto no passado, dado que me redescubro mais forte, acolhida num sofá de palavras ricas e poderosas, as essencialidades. Os livros que desfolho relevam-me talvez o teu rosto salpicado, de uma alegria de orvalho e pureza. É da minha natureza esta necessidade de me mover, de partir, para poder chegar, só para um dia chegar de vez. Nuns braços teus de porto, a uma marina de intimidades explosivas e ricas. A partir desse momento, saberei intuitivamente que todas as explorações permanecem em terreno próximo, porque a nossa proximidade torna-se respiração, e traduzem-se numa arqueologia dos teus sentidos, das tuas experiências, sonhos, desafios e suspiros. Suspiros que de tão partilhados se tornam linguagem. E então, o barco fica-se, o vôo tem sempre dois lugares.

agosto 08, 2005

rir.da.minha.cara

Quero adormecer. Sobrevoar tanto azar, tanto imprevisto alterado. Adio o tempo em que volto a sentir uma pele que me comunica o mundo, numa nova perspectiva.
Por avesso, a vida. Mas ao não esquecer aquela alegria dos momentos bons, deliciosos, dos pôr-do-sol da alma, em que tudo é tão leve, acredito com persistência na mudança repentina de uma roda catalítica. Sem querer, volto a desejar toda a minha inocência, os meus primeiros beijos, os primeiros actos vitoriosos, tocando o tecto, colando as mãos suadas no estuque fresco. Os sorrisos que fazem cócegas, nas barrigas nuas e meninas.
As lembranças, são tão somente um lugar seguro. Esqueço os momentos em que me afastaram, em que me querendo se negam a esse querer, instantes de silêncio convulsivo. Quis tanto, tanto cada um, cada pedaço. Vejo o importante, o essencial, como se a luz nada toldasse, porque a sombra se zangou, e divorciou-se de vez deste quarto.

julho 28, 2005

jack'smile

based on your smile
i'm betting all of this might be over soon
but you're bound to win
because if i'm betting against you, i think i'd rather lose

but this is all that i have, so please
take what's left of this heart, and use
please use only what you really need
you know i only have so little, so please
mend your broken heart and leave

i know it's not your style
and i can tell by the way that you move it's real real soon
but i'm on your side
and i don't want to be your regret, i'd rather be your cocoon

but this is all that you have, so please
let me take what's left of your heart, and i will use
i swear i'll use only what i need

i know you only have so little, so please
let me mend my broken heart

you said this was all you have
and it's all i need
but blah blah blah
because it fell apart
i guess it's all you knew
and all i had
but now we have
only confused hearts
i guess all we have
is really all we need

so please
let's take these broken hearts, and use
let's use only what we really need
you know we only have so little, so please
take these broken hearts and leave

Cocoon_ Jack Johnson_ On an on.

my.own.cocoon

Que os risos sejam intensos, mas que igualmente que o choro seja sentido, espremendo toda a tristeza que resta, que se entalou neste meu sistema cardíaco tão adoentado. Refiro que me sinto o paradoxo. Ausência de estabilidade, de uma confortabilidade beijada, mas apenas de profunda análise-lupa que desmembrada me deixa.
O tempo é a vaga que me estabiliza, nunca me explicando nada do que preciso racionalizado. Aprendo a não pedir lógica, nem senso, nem nada que esquadrinhe encontros, encruzilhadas, pedras, paus e barreiras que se ultrapassam sem olhar para trás, porque quem fica nunca permanece.
E houve aquelas mãos que me prenderam, que me rasgaram, e que se ausentaram. Mas houve as minhas que quando abraçam pretendem nutrir, e que se encarquilham como sementes que não germinam, em solo que de seco se tornou quase obtuso. Resguardo da magia de transformação, de amor que não prende, mas que revoluciona.
Recriação constante de uma força enorme que em mim depositaram, desfaleço por vezes numa almofada fofa e repleta de sonhos, que não posso, não quero, permitir que permaneçam sonhos.
Quero encontrar-me no Outro. Desafio mútuo, proibida a cobardia ou a fragilidade de uma auto-estima que necessita de beleza ou inteligência não suas. Numa partilha que não pressupõe interesses, lobbies ou facilitismo de estilo de vida. Casulo de borboleta.

julho 20, 2005

paladares.vontades

Sinto a língua a derreter-se por mais sabores. Talvez seja uma fase de obsessão alimentícia, daquelas em que as vontades engolidas são sempre no imediato do prato que se encontram. Mas sinto motivações para além das fisiológicas, abarco os menus dos sítios onde me sento, e simpaticamente me ausento nos prazeres de comer. Esqueço as conversas que tenho, pois deveras o intelecto se sente estimulado, para compor uma conversa igualmente apetitosa. Encontro talvez o SPM como razão provável da euforia, embrutecida nas mãos de apetites e cores que se cheiram porque justificam a saliva circulante.
E nesta estação as crises tornam-se cruéis, culpada de variedade, do marisco que refresca, à verdura saltitante e à fruta que namora a comida “séria”, numa paixão de verão.

Nota: Síndrome Pré-Mestrual (SPM), período cíclico feminino, onde todas as vontades acontecem, e em que os meios de satisfação se alternam felinamente.

julho 11, 2005

a.praia

Olhei a praia hoje, com o olhar límpido de quando a areia me incomodava os pés. Quando o mar me parecia impossível. Quem poderia criar algo que me intrigava o horizonte, e me deixava banhar, em pontas dos pés de gravidade levitante.
Ainda bem que tenho as tuas palavras conversadas, minha cara poetisa da calma. Encetamos sempre uma dialéctica que não se esgota. Opostos que se promovem altruisticamente. Impedes-me de afogar na aceleração do meu querer esgotante.
Sensualizei os meus sentidos na realidade imediata não interpretada. Experimento a lima gelada e ardente, e interrompo o frenesim de uma sociedade que se acumula do parecer, e esquece o instantâneo toque da realidade que se sente sem "espectáculos", nem "máximos". Prazer que não se esforça quando acontece.
Quero de novo a minha curiosidade de tranças louras, a alegria contagiante e a vontade de um “amor maior que eu”. Na naturalidade de me espreguiçar ao sol, afastar comichões da alma, e grandes mistérios envolvidos de emoções agridoces. Futuro.

julho 07, 2005


nine.objects.of.desire Posted by Picasa

vega's.caramel

It won't do
to dream of caramel
to think of cinnamon
and long for you.

It won't do
to stir a deep desire,
to fan a hidden fire
that can never burn true.

I know your name,
I know your skin,
I know the way
these things begin;

But I don't know
how I would live with myself,
what I'd forgive of myself
if you don't go.

So goodbye,
sweet appetite,
no single bite
could satisfy...


Music and Lyrics by Suzanne Vega

junho 27, 2005

substitute.for.love

Acredito, que nas relações, o momento mais importante, verdadeiro, decisivo de consciências, seja o seu fim. Aprendeu-se muito. Desaprendeu-se a inocência (que regressa sempre com a esperança, explosiva e minha!). E tudo aquilo que ficou por dizer por alguém, em tantos instantes engasgados, revela-se normalmente em vozes confusas, discursos ambivalentes, e olhares calçados. Outros desejos nascem, de uma relação repleta de facilidades, de pouco empreendimento, e comparações com relações "abençoadas" por grandes perspectivas de preguiça económica, e de flexibilidades unidireccionais.
No fim, vontades de poucas chatices, de silêncios muito reforçadores de ilusões pessoais.
Aliena-me esta minha sinceridade explosiva. Autenticidade que vivi e que pesou no peito de quem se chora, agradeço o esforço.
Desconfianças que não se desculpam, mas das quais nos desculpamos porque sentimos, porque investimos, porque amámos. Mas não me traí num discurso arrogante, de uma falta de "tomates" para tomar uma decisão que se verificava inadiável, mas que se adiava "desculpalvelmente". Vitimização Masculina. Pouco sentimento. Intuição Feminina. Acertada, sentimento.
Comportamento gera comportamento.
Desivestimento gera desinvestimento.
Desistência.

junho 20, 2005

this.pain.will.blow

Acontece. Por vezes. Esta insatisfação mal resolvida, de um potencial adormecido. Embalado por uma preguiça nervosa, não desejada. Paradoxo este, que só eu pareço palpitar. Manter-me desperta, já não se garante por explorações estimulantes, ou desaparecimentos planeados. Renda incabada. Retalhos desconexos, num puzzle com o qual pouco me identifico, em que o todo coerente não se visualiza tão cedo.
Recuso o mapa, e o contentamento com actividades cool's, diversões adrenalíticas, com ilusões instantâneas de sensualidade exteriorizada e jovem.
Consciente do amadurecimento, num discurso mais rico de emoções estranhas, de uma frustração crescida não desesperada.
Esta espera torna-se um engasgo híbrido.
E não falo, comunicando o meu olhar azul.
Que nunca tive.

junho 07, 2005

pull.position

Sinto-me na pull position. Quero voar, para além do pavor vivido quando os meus pés se ausentam para a atmosfera. É nesta antecipação de tudo, que o meu coração estoira. Não sei porque os fins satisfeitos só me causam mais insatisfação!
Aguardo, numa espera reflexa e curiosa, a próxima aventura, planeada, ou mais precisamente ponderada no instântaneo autêntico. Rebuscada nos veios complexos, instintivos, e reverberantes que o meu cérebro elabora continuamente. Sou uma sonhadora de realidades físicas que se conquistam, e de ideias espirituosas voláteis mas seguras. Uma vontade de borboletear espaços, tempos e seres, é uma essência fluorescente que tanto me caracteriza. Esta minha (des)fixidez é por vezes tão injusta com os outros, mas é minha, assumo esta tendência quase arrogante de não querer estabilidade. Qual o gozo? Onde está a liberdade? Que incoerência apreciamos, quando desejamos uma liberdade que depende, que se prende.
Esta loucura só nossa, torna-se mais livre, porque o meu desejo, e o meu querer são (des)corporizados. Mas quando corpozizam nós espiritualizamos, qual ritual biblíco. Não é assim Guapito?

maio 29, 2005

fora.de.jogo.tua.paciencia

Sinto este momento, como um fora de jogo. Não valeu. Doeu. Falta. A minha ansiedade estoirou, agora aprendo a controlá-la, quanto te zangas comigo. A tua irritação rebenta a minha preguiça em riscar o que não interessa, impede os adiamentos de decisões que se atropelam. Imprimes urgência de limpeza, mas eu, que sempre pensei que o tempo era a variável que elimina, e que responsavelmente afasta as más influências. As invejas disparatadas, muitas vezes só desta minha instabilidade crónica, com eixos estáveis que são os mais evidentes, e assutadores!
Só tu sabes, qual meu treinador, que a lutadora se parte, que as emoções jorram-se no teu colo de forma dramática, escondida. Não tenho medo do exterior, da agressividade das relações pessoais, profissionais, sei que recupero por arriscar sempre o contra-ataque. Mas temo pela perda do meu entusiasmo, da minha alegria irónica e sarcástica por vezes. Engano-me tanto com tanto. Respiro a realidade por um filtro por mim criado, em que vejo tudo a favor da luz! Mais tarde redescubro todo um novo quadro, uma realidade contra a luz. Impeço o contagio. Fortaleces-me estratégicamente, mas de facto estou impossível!

maio 17, 2005


botox.enemy Posted by Hello

lift.me.up

Recuperação. Urgente. Entrelaçamento de actividades perigoso, em que o tempo não corresponde às minhas vontades de preguiça individual. Espaço próprio, em que me acostumei a deleitar-me com o meu corpo por vezes quase perfeito. Aperfeiçoando-o, só para mim! Tão plástico e intenso. Combinar odores com texturas hidratantes, e abraçar membros como se te amasse aqui e agora. Aliás fecho os olhos, e sei que estás lá! Ainda no meu corpo. Descubro-o agora cansado, branqueado de tarefas inacabadas, e que se amontoam como papéis. Funções que muitas vezes penso banais, e quase nada estimulantes. Porque me queixava do ócio, e me arrepio com este preenchimento sem respirações profundas! Repenso decisões de vida. Gelo com alguma frequência, porque antecipo uma perda de energia entre múltiplas brechas de segundos. Não quero afastar-me do ritmo devorador que sempre me caracterizou, mas quero sobrevoar as idades. Brincando com as rugas, rindo-me da capacidade de rejuvenescer somente porque acordo optimista.

maio 09, 2005

one.track.mind

Isto de se ser jovem, tem mesmo muito que se lhe diga. Tanto, que a conversação raramente termina. Porque pressinto sempre novas ansiedades gulosas. Admito a minha ignorância para compreender tanto desatino, tanta loucura de consumo. Parece que por mais que tente, a publicidade me invade de desejos objectais estranhos. Muitas vezes um desejo de insuficiência me ocupa, roubando tempo, limitando ou adiando outros investimentos. Sinto-me sobretudo dispersa. Ouvi no outro dia que a imaturidade significava uma procura de si próprio, ri-me porque pensei... serei certamente sempre imatura!!!
Cada dia me descubro diferente, estranho-me numa instabilidade vital. Opções profissionais, académicas, pessoais, sociais, de intimidade (que se realizam todos os dias, em cada encontro, suspiro, beijo ou apalpadela!) tanto tema a necessitar de resposta. Suspiro. Adormeço inúmeras vontades, ressuscitarão noutro momento... será apropriado?

abril 26, 2005


afilhado.mais.que.tudo Posted by Hello

abril 24, 2005

caught.up

Sem dúvida, exagerei. Mas ainda bem. Exagero, qual alvo de entusiasmo e de loucura egoísta. Enleada em truques, sem receios nervosos. Mais impaciência de corpos beijados. Apreciando, o que tem de ser apreciado. Numa profundidade que se acusa única. Este fim-de-semana fui íntima. E só isso deliciou-se vertiginosamente. Estabelecer contacto, primeira ponte de espiritualidade. Encontro. Encontrei-te. Encontrei-me. Fundimo-nos.

abril 21, 2005

without.wax

Recuso. Este papel que inevitavelmente querem do meu eu relacional íntimo. Esta correria que cabe à fêmea depois do acasalamento. Sinto a inteligência insultada quando te enrolas nas desculpas amarelas e soluçantes. Prático, apratica as tuas vontades. É óbvio que não é fazível "todo, tudo, demasiado", que nem eu, te preciso sempre, te penso sempre, te quero sempre. Daí que me seja quase irónico apreciar as prioridades diferentes. Não tenho talento para este comportamento de menina enciumada, não vejo razões para que este pilar seja difícil de engolir, quase o primeiro de todas as relações.
Agendas mais ou menos plásticas, cheias de orgulho e manias.
Não vês que todas as noites poderia encontrar uma prioridade, lazer, loucura, ou desejo de liberdade antiga. Se abandonarmos a tarefa de mostrar vontade, não nos conseguimos instigar, mover um para o outro, e para um percuso único. A substância central de me envolver contigo, dentro de ti, dentro de mim, é urgência de crescimento comunicada, não adiamentos esburacados de incoerências. Nem vícios de justifações parvas, como se o outro não sobrevivesse sem esse diálogo surdo de meias verdades. Nós. Prácticos. Sem soluços. Sem mentirinhas urticantes e omissões banais. Criando prioridades de verdade. Without Wax.

abril 10, 2005

the.same.way.again

"The sun just slipped its note below my door
And I can't hide beneath my sheets
I've read the words before so now I know
The time has come again for me

And I'm feelin' the same way all over again
Feelin' the same way all over again
Singin' the same lines all over again
No matter how much I pretend

Another day that I can't find my head
My feet don't look like they're my own
I'll try and find the floor below to stand
And I hope I reach it once again

So many times I wonder where I've gone
And how I found my way back in
I look around awhile for something lost
Maybe I'll find it in the end"

Norah Jones - Come Away With Me

março 29, 2005

quase.obsessões.crash

Fugia um pouco disto.
De me deixar depender, de me depender de alguém. Apercebo-me que sempre fugi, da incerteza trémula, das esperas absurdas, de comunicações que não são de todo necessárias, mas que se pensa merecer.
Como quem dá o dedo, quero o braço, e esse ombro que me “costeia”quando te amo. Quem pede é aquela parte de mim que escondia. Entrego-a numa bandeja envidraçada, numa madrugada que se reinventa suada.
De uma noite que irritantemente cria mais e mais necessidades, e receios da criatividade nos abandonar o desejo. Elaboro sempre demais. Desejo igualmente desconcertadamente. Percebo-me até agora instável, humoristicamente desnivelada, e pretendo mudar. Encontrar uma oscilação terna nunca aborrecida, sempre irónica e desgarrada.
Lambuzar-me sem recusas, mas com esperas protegidas. Faz acontecer o meu riso aberto e infantil, tão travado pela lógica das frontalidades.
Sei-te urgente, e isso apraz-me.
Conheço-me calma agora, passiva quando me envolvo.

março 28, 2005

março 18, 2005

boy.i.want.you.so

Deixas-me assim…
Rebolando numa ausência parisiense, a uma distância que para mim, não existe!
Posso até não ser correspondida nesta minha ânsia tua, mas que importa agora esse pormenor vulgaríssimo.
Essências preenchem-me, ausentando por isso inseguranças.
Sei que me demorei, que esqueci a focagem inicial do teu brilho, limitando-o à secção da (des)fisicalidade. Mas acredita amor, foram inevitáveis aqueles lábios de mosto perscrutados. E não esperados, nem na leve antecipação de uma liberdade ascendente que se beija, num ósculo espontâneo e roubado, tão bem roubado por mim.
Todos os consumos se realizam agora, naturais, e nunca demasiadamente excedidos.
Caso perca o equilíbrio, sei que me ajudarás a entregar-me ao modo passional, que tão mal articulo com a minha implacável racionalidade.
Se te ensino a ponderação, tu rasgas-me os “ses” casados com todos os “mas”, da minha emocionalidade infantil, que agora conheço tão magnânima.
Não sei mais como fugir de ti, daí que a tua ausência me pareça um intervalo de suspiros aéreos, que te recebem sem ansiedades possessivas.
Sabes que não te consigo querer possuindo-te.

março 14, 2005


espremer.intelectos Posted by Hello

caramelo.nirvana/feedback

"Caramelo Saudoso...
E se um dia os suspiros apaixonados forem tão constantes como as batidas do meu coração?
E se um dia não tiver defesas, nem barreiras, porque não preciso?
E se um dia o teu sorriso me derrete e me envolve no seu calor?E se um dia me aconchego no teu doce colo, e é nirvana?" J.A.

Nesse dia, o caramelo intenso retorna. Imortaliza-se, justificando-se para sempre.
Sem pressas nem atrasos, numa cascata ternurenta de cerejas hidratantes.
E por mais que a realidade física seja irrecusavelmente deliciosa, sei que voamos sempre.
Além dos cinco sentidos, prendados de gemidos, acontece este nosso nirvana perfeito. L.D.

março 02, 2005

ruído.candy.shop...

Parei em qualquer altar de pouco silêncio. Roçar-se será mesmo das actividades que gostamos? Só talvez quando a estimulação "clic" assim o exige. Vejo perfis escuros, alcoolizados, reflectidos na necessidade holográfica de sentir qualquer coisa, salvo o adormecimento. Se dançamos, não necessitamos de observadores, caso o façamos para alimentar a própria vibração.
Existem, sem dúvida, pormenores "feromonais" no movimento próprio, aceleração cardíaca quase erótica, tão comunicativa. Podem talvez, nem todas as coreografias, caber na taxionomia "sex&hot" da maior parte dos observadores. Mesmo assim.
Há qualquer coisa que alimenta. Vicia, até. Existe um exercício auto-erótico, e a busca alucinada de cada movimento, da velocidade certa, dos gestos redondos, intercalando os bruscos pouco compreensivos.
Entranha-se um sentimento de comunidade extasiada. Será este um ritual da nossa cultura, bastante indiferenciado. E aqueles olhos cruzados prometem de facto, sensações de motel e prazeres descomprometidos. Parece alguma coisa. Porque continuo a insistir que a mim, basta-me a pista ainda virgem, sem comunicações pró-sensuais, e música deslabelizada/comercializada/electrizada mas que entra e comanda. Se comanda.

fevereiro 25, 2005

conduler-se.condulências.absurdo!

Pena. Palavra a ser retirada do dicionário, rasgada, dilacerada, sobretudo para nós lusitanos. Cansada da questão do fado, da saudade! Exigo uma nova interpretação dos amores findados, das limitações monetárias momentâneas, da insularidade impossível deste corte de península (complementada por ilhas onde já é possível, mas não necessariamente inerente a tamanha beleza).
Que cultura de flashcash invísivel, pretensioso, invejoso! Do deslumbre "parfois" nocturno tão fraco, tão pouco original. Do sexo esventrado de Comunicação e Luz. Quero mais.
Quero e instigo mais a tudo o que me rodeia. Começa de dentro esta exigência. Quero sobrevoar tendências, modas, silogismos, composturas e ao inundar-me nas percepções imediatas da incompetência dos portugueses para viverem, aí questionar tudo, todos, a ti também, até a língua "apropriada". Qual conjuntura, qual quê!
"Só atinge o sucesso, quem tenta o sucesso!"

fevereiro 21, 2005

filosofia ikea...

Simplifica. Sim. Coisas mais simples. Texturas mais relevantes que aspectos visuais, tudo entrosado, em relação. Pensando em quartos. Há quanto tempo não namoro, não saboreio caramelo verdadeiro. Nem me enrroscava nos lençóis de cetim, mesmo sem intimidade, mesmo sem lá estares. Gosto das minhas mãos suadas, sinto como se nadasse a vida. Imensidão líquida, que me liberta os poros, e inibe conexões que "desajudão" a paz interior.
Sabes, tenho os pés bonitos, e os meus lábios finos roubam-te a superficialidade quando te beijo.
É verdade, não consigo ser menos no beijo que dou, no orgasmo que ofereço. Marionetas irritam-me, assim como incoerências agridoces, que sinto sempre que me olham com olhares inclinados, acompanhados de tiques de cabelo incertos e facilmente seduzidos pelas facilidades externas. A beleza que quero que vejas, é aquela que nunca dorme, nunca amanhece enrrugada, e ausente das preocupações celulíticas. É o meu intelecto crepuscular, fluorescente e nunca, nunca satisfeito com a originalidade encontrada. É design argumentativo/hipotétito.
É o eu massiço. É função.

fevereiro 13, 2005


argumentando.com.cupido Posted by Hello

fevereiro 07, 2005

get it right...

Lembro-me dos meus olhos hoje de manhã, enevoados, mas adocicados pelo sono bem dormido, e das pequenas névoas do entediamento que já se deixavam preencher de transparências. Responsabilizei-me pela tristeza, sem fugas! Uma culpa carinhosa pela falta de investimento em mim, mim mesma, isso mesmo! Podemos contemplar apenas uma ou duas frequências da vida, qual experiência radiofónica. Existe um zapping necessário, para todos os estímulos, mesmo para com os outros, os grandiosos estimuladores de crescimento. Crescemos em diferentes dimensões, e caso uma das vertentes faltar, não há satisfação possível... pelo menos suficientemente realizadora.
É só borboletas nervosas, sem direcção, conscientes da sua beleza 'importante' mas encarceradas num minúsculo tempo de vida. Sentimos as diferentes camadas, assustamo-nos com a espessura de algumas, e depois adormecemos durante alguns períodos, "entretidos" sem divertimento sanguíneo, seja numa história novelesca que não nos pertence, num desafio esférico, ou por discussões de egos politicamente incorrectos.
Objectivos mais clarificados, que se elevam das experiências, como códigos que se revelam, faltam aqui, e agora! Que eu adiante alguma parte das cenas seguintes, para além de todas as minhas impossibilidades visionárias...

janeiro 29, 2005

janeiro 25, 2005

vencida.vencedora... ;)

Sem pressa de sair de mim. Porque as recompensas e reconhecimentos, caem sempre bem. Agora talvez compreendo o trajecto que ficou para trás, e todos os precalços, e empecilhos descorados e húmidos. Numa guerra de nomes descendentes versus competências ascendentes, torna-se quase ironicamente estúpido, a incapacidade deste país avaliar o resultado desta antiga equação. Tenho prazer na minha persistência, quase patológica, e duma perseverança neste meu auto-conceito tão fértil e seguro.
Quero o meu crescimento acima de tudo, e dos que me rodeiam. Os que não abandonam a sua estima, apesar da ciência do corpo nos desiludir nas correspondências e vontades. Aqueles que não se cansam de me ouvir, reenviando novas perspectivas de mim mesma, fomentanto assim a minha reinvenção, como pessoa, como corpo, como alma...

janeiro 18, 2005

Sabe bem...

Invadiu-me o tédio, tropecei no embaraço da falta de discurso. Grita-me por dentro, ou passa-me ao lado. Deixar de te querer, estranhamente sabe bem. Flores que murcham mesmo antes de serem jurassicamente colhidas. Desejos esfumados, naquela impaciência de silêncios tolos, conhece-te primeiro! Amarras-me o sorriso, com gestos pretendidos, infantis mesmo.
E depois era quase tudo corpo inflamado, agora vejo um sistema límbico muito crítico, reverberando emoções insatisfeitas, contextualizadas em ambientes quentes, de cheiros intensos e mares instáveis.
Se calhar acomodo.me a raciocínios contentados, adaptativos... talvez... e agora estrago tudo, lembro a baía cantada e o teu colo comunicado... e a fartura que uniu bocas...

janeiro 16, 2005

mão.mão


mãomão Posted by Hello

Estou além...

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei do que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
A quem quer dar-me a mão

Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem quem não conheci
Porque eu só quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem quem não conheci
Porque eu só quero quem quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
A vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
O meu mundo o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir aonde eu não vou

Música e Letra António Variações (versão Donna Maria)

janeiro 13, 2005

Nem toda a feiticeira é corcunda...

Faltam-me recursos, capacidades essenciais, nesta sedução que se joga. Interrompe-me sempre as hipóteses exageradas, e sinto que não sei mostrar menos do que sou, nem limitar-me numa expressão instável. "Sem correr, bem devagar"... deveria ser assim, mas depois apropela-me o fôlego, quero dizer mundos, digo dobragens tortas. Exprimir vontades, é já difícil, mas exprimir desejos íntimos, sem calor tórrido! Como? Ergo o forte da segurança pérfida.

Necessidades de de te dizer que sim, claro, concerteza, mas depois vem sempre os "mas" casados com os "ses"... Porque penso, porque pondero, fico-me pelo "mundo de mágoa" e tamanha desconfiança. Não me soube entregar. Porque se espera que saiba agora? O crescimento não nos dá mais abertura, dá-nos uma cara de vilão, onde nos podemos esconder e fingir que esquecemos (à la Maria Rita).


janeiro 10, 2005

You are my forbidden colours... ;)

Penso em ti, sempre idealizando. Pensamentos circulares, confundo-me, confundo-te. Porque escolho o procedimento erróneo. Não consigo deixar de te pensar, mas isso impede-me de te sentir. De me apaixonar talvez, nos termos legais da normalidade somática. Não compreendo metade do que nos aconteceu, quando nos dormíamos, tocávamos, evadia-me a mente, sem se apegar à realidade corpórea que sexos opostos manifestam. A platonicidade é assim possível, aprendi-a nesta relação. Confusa. Dormente. Embora das mais revitalizantes e espicaçadas explorações, dentro e fora, escritas ou imagéticas.
És a minha criatividade, complementada. Vontades devoradoras, mas que se voltam sempre para o mundo...
Amo-te assim. Desculpa se parece pouco... Mas é tanto, tão pleno, tão intelectual, tão espiritual...


both Posted by Hello

janeiro 03, 2005

dought's department...

De regresso, do mini-passeio... ponderando novas investidas... inventando inversões de marcha! Este começo deveria saber diferentemente, como algo agri-doce, que traz iniciativa e muita emoção. Pensando no que dissestes, talvez procure tudo, a "procura"pode ser de facto o meu segundo nome, mas no que toca à felicidade sem cosmética, espero ser encontrada.
O meu esperar pode parecer uma busca nervosa, insatisfeita, com pernas irrequietas, e curiosidade que me impede a paciência. Mas tudo isto, só pode ser alimentado pelo o meu sentimento, o de fechamento, o de plenitude, saciado por aquele fugaz brilho nos olhos de verão... escorregadio, mas perfeito!