outubro 09, 2006

not.ordinary.at.all

Reequilíbrios de entregas, são momentos trapezistas, quase esquecidos, em que a confiança se escapa no final de uma queda longa. Quando começam os remates de histórias esfiapadas, qual enxorrada de desculpas e feitiços persistentes. Pergunto-me porque toco assim quando me aproximo com coragem. Sem dúvida que o faço.
De ordinário tem muito pouco este meu padrão de investimento.
Aceito agora esta diferença de percepção, de sentidos absorvidos numa tensão que me faz sentir viva, aberta e pronta. Natureza mágica de ser, que me foi dada, que já veio no pacote do ser, de amar, de mim. Lá dentro.
Tanto tempo, já duvidava, instabilidade de me conceber errada, quando gritava para me ouvirem e parecia ridícula a insistência de querer tudo, tanto, sem engasgar.
Ausentes o medo, a insegurança, as necessidades de dependência infantil do ego, dos apreços fúteis e da sexualidade que se gasta, que nos gasta.
Só a graça de poder ser luz para quem me elege enquanto influência.
Aguardo os próximos reencontros com os passados sentidos. Espero por ti e por ti.
E estou atenta à magia dos olhos de quem se quis muito. E soube desse querer.
Sem retribuir, ficou com o fascínio de me olhar, diferente, fascinadamente, provando que igualmente O sentiram e muito.
Extravasava. Não cabia. Arrancava do cool do sexy do fit e do muito mas muito comum.

outubro 08, 2006


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