março 27, 2006

wait.creation

Espero. E não consigo deixar de esperar. Enredo de expectativas e de muito engano meu. Ilusão, ingénua, de quem acredita que o que se sente não se finge, nem se reproduz nunca mais. Pelo menos, nunca da mesma forma, no mesmo sentido, nem no idêntico espaço-tempo.
Invento actividade que preenche lacunas, envolvo-me noutros sonhos e realizações. E ainda que pareça esquecer as partes incómodas, continuo a buscar sentido a este desencontro tão pouco concebível.

março 21, 2006

l'embrasse.doux

E se confiam em nós, com uma persistência fervorosa numa crença desmedida em potencial nosso. A grande questão de não ser valorizada num instante exclama quanta sorte, quanta dávida! Criativamente o nosso cérebro inunda-se de outros medos, o da não correspondência com expectativas tão raras, sobretudo quando não existem laços de sangue usurpadores da liberdade. A elevação do nosso valor, tão raramente concedida, quando vem é ruborizante. Talvez porque não esperada, por mais que desejada tenha sido, em noites cinzentas e pardas. O tédio aniquilado assim, com o tamanho desafio.
Novo começo, metamorfose de princípios e de prioridades. Grande investimento, uma mais valia com suporte. Intuição estimulada, sai da gaveta. E acreditam em mim. Eu acredito no desafio. E acredito em mim.

março 14, 2006

sofrer.será.a.última.obra

O que chá me dá, é uma espiritualidade líquida que me obriga à profusão do nada mental.
Que tanta falta me faz. Organizando os horários, chega-me a mensagem real que me disperso em se's emocionais e nos "poderia ter sido", e que daí resulta, no meu caso particular a minha incapacidade de decorar tarefas, números de telefone ou nomes associados a faces bem dispostas.
Só numa paragem de fim-de-semana é que pareço respirar da confusão em que me afundo, e o espelho disso é o meu quarto que encurta o volume diariamente. Tanta informação. Tanta história. Tão pouco tempo para dar sentido ao desarrumado. Catadupla de desafios actuais, e post-it's entre o volume de livros, entrecortadas se encontram as minhas cenas. A mais valia é ter o sentido decorado, parece que sei sempre a direcção a tomar. Fracasso. Levanto. Inspiro. E optimizo-me. Sem café.