janeiro 30, 2007

a.diante

E agora, quanto tempo tenho em 007.
Quantos equilíbrios vou conseguir entre a minha vida profissional, que se move tão bem, social e diligentemente, num abraçar de sucessos, pequenos, mas contínuos.
Mas e o outro lado? Uma realização íntima que já nem me lembro como acontece. Histórias sentimentais que se interrompem, "desculpem... engasgei-me em alguém". E nem valeu a pena. Não era um deus grego, nem uma inteligência relativamente estimulante.
Perdi a receita, sem me fechar, canalizei-me em tudo o resto, na minha mente, na minha rede social, nos meus desejos de actividade e aventura. E assim, um dos mais fortes impulsos humanos transfere-se em mim em criatividade, energia e estímulo abstracto.
Será que há um ano o meu coração deixou de estar sensível, de ser capaz de se entregar.
E o meu corpo, ainda reage? É grave.
Porque não quero ninguém. Nem o que foi. Nem o que será. E preocupa-me cada vez menos este meu estado assexuado e feliz. Terei eu tido um amante egoísta que me selou por algum tempo. Ou demorei este tempo todo a fortificar quem sou, emocionalmente.
Para amar bem. Daqui por diante.