julho 28, 2005

jack'smile

based on your smile
i'm betting all of this might be over soon
but you're bound to win
because if i'm betting against you, i think i'd rather lose

but this is all that i have, so please
take what's left of this heart, and use
please use only what you really need
you know i only have so little, so please
mend your broken heart and leave

i know it's not your style
and i can tell by the way that you move it's real real soon
but i'm on your side
and i don't want to be your regret, i'd rather be your cocoon

but this is all that you have, so please
let me take what's left of your heart, and i will use
i swear i'll use only what i need

i know you only have so little, so please
let me mend my broken heart

you said this was all you have
and it's all i need
but blah blah blah
because it fell apart
i guess it's all you knew
and all i had
but now we have
only confused hearts
i guess all we have
is really all we need

so please
let's take these broken hearts, and use
let's use only what we really need
you know we only have so little, so please
take these broken hearts and leave

Cocoon_ Jack Johnson_ On an on.

my.own.cocoon

Que os risos sejam intensos, mas que igualmente que o choro seja sentido, espremendo toda a tristeza que resta, que se entalou neste meu sistema cardíaco tão adoentado. Refiro que me sinto o paradoxo. Ausência de estabilidade, de uma confortabilidade beijada, mas apenas de profunda análise-lupa que desmembrada me deixa.
O tempo é a vaga que me estabiliza, nunca me explicando nada do que preciso racionalizado. Aprendo a não pedir lógica, nem senso, nem nada que esquadrinhe encontros, encruzilhadas, pedras, paus e barreiras que se ultrapassam sem olhar para trás, porque quem fica nunca permanece.
E houve aquelas mãos que me prenderam, que me rasgaram, e que se ausentaram. Mas houve as minhas que quando abraçam pretendem nutrir, e que se encarquilham como sementes que não germinam, em solo que de seco se tornou quase obtuso. Resguardo da magia de transformação, de amor que não prende, mas que revoluciona.
Recriação constante de uma força enorme que em mim depositaram, desfaleço por vezes numa almofada fofa e repleta de sonhos, que não posso, não quero, permitir que permaneçam sonhos.
Quero encontrar-me no Outro. Desafio mútuo, proibida a cobardia ou a fragilidade de uma auto-estima que necessita de beleza ou inteligência não suas. Numa partilha que não pressupõe interesses, lobbies ou facilitismo de estilo de vida. Casulo de borboleta.

julho 20, 2005

paladares.vontades

Sinto a língua a derreter-se por mais sabores. Talvez seja uma fase de obsessão alimentícia, daquelas em que as vontades engolidas são sempre no imediato do prato que se encontram. Mas sinto motivações para além das fisiológicas, abarco os menus dos sítios onde me sento, e simpaticamente me ausento nos prazeres de comer. Esqueço as conversas que tenho, pois deveras o intelecto se sente estimulado, para compor uma conversa igualmente apetitosa. Encontro talvez o SPM como razão provável da euforia, embrutecida nas mãos de apetites e cores que se cheiram porque justificam a saliva circulante.
E nesta estação as crises tornam-se cruéis, culpada de variedade, do marisco que refresca, à verdura saltitante e à fruta que namora a comida “séria”, numa paixão de verão.

Nota: Síndrome Pré-Mestrual (SPM), período cíclico feminino, onde todas as vontades acontecem, e em que os meios de satisfação se alternam felinamente.

julho 11, 2005

a.praia

Olhei a praia hoje, com o olhar límpido de quando a areia me incomodava os pés. Quando o mar me parecia impossível. Quem poderia criar algo que me intrigava o horizonte, e me deixava banhar, em pontas dos pés de gravidade levitante.
Ainda bem que tenho as tuas palavras conversadas, minha cara poetisa da calma. Encetamos sempre uma dialéctica que não se esgota. Opostos que se promovem altruisticamente. Impedes-me de afogar na aceleração do meu querer esgotante.
Sensualizei os meus sentidos na realidade imediata não interpretada. Experimento a lima gelada e ardente, e interrompo o frenesim de uma sociedade que se acumula do parecer, e esquece o instantâneo toque da realidade que se sente sem "espectáculos", nem "máximos". Prazer que não se esforça quando acontece.
Quero de novo a minha curiosidade de tranças louras, a alegria contagiante e a vontade de um “amor maior que eu”. Na naturalidade de me espreguiçar ao sol, afastar comichões da alma, e grandes mistérios envolvidos de emoções agridoces. Futuro.

julho 07, 2005


nine.objects.of.desire Posted by Picasa

vega's.caramel

It won't do
to dream of caramel
to think of cinnamon
and long for you.

It won't do
to stir a deep desire,
to fan a hidden fire
that can never burn true.

I know your name,
I know your skin,
I know the way
these things begin;

But I don't know
how I would live with myself,
what I'd forgive of myself
if you don't go.

So goodbye,
sweet appetite,
no single bite
could satisfy...


Music and Lyrics by Suzanne Vega