julho 11, 2005

a.praia

Olhei a praia hoje, com o olhar límpido de quando a areia me incomodava os pés. Quando o mar me parecia impossível. Quem poderia criar algo que me intrigava o horizonte, e me deixava banhar, em pontas dos pés de gravidade levitante.
Ainda bem que tenho as tuas palavras conversadas, minha cara poetisa da calma. Encetamos sempre uma dialéctica que não se esgota. Opostos que se promovem altruisticamente. Impedes-me de afogar na aceleração do meu querer esgotante.
Sensualizei os meus sentidos na realidade imediata não interpretada. Experimento a lima gelada e ardente, e interrompo o frenesim de uma sociedade que se acumula do parecer, e esquece o instantâneo toque da realidade que se sente sem "espectáculos", nem "máximos". Prazer que não se esforça quando acontece.
Quero de novo a minha curiosidade de tranças louras, a alegria contagiante e a vontade de um “amor maior que eu”. Na naturalidade de me espreguiçar ao sol, afastar comichões da alma, e grandes mistérios envolvidos de emoções agridoces. Futuro.

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