julho 28, 2005

my.own.cocoon

Que os risos sejam intensos, mas que igualmente que o choro seja sentido, espremendo toda a tristeza que resta, que se entalou neste meu sistema cardíaco tão adoentado. Refiro que me sinto o paradoxo. Ausência de estabilidade, de uma confortabilidade beijada, mas apenas de profunda análise-lupa que desmembrada me deixa.
O tempo é a vaga que me estabiliza, nunca me explicando nada do que preciso racionalizado. Aprendo a não pedir lógica, nem senso, nem nada que esquadrinhe encontros, encruzilhadas, pedras, paus e barreiras que se ultrapassam sem olhar para trás, porque quem fica nunca permanece.
E houve aquelas mãos que me prenderam, que me rasgaram, e que se ausentaram. Mas houve as minhas que quando abraçam pretendem nutrir, e que se encarquilham como sementes que não germinam, em solo que de seco se tornou quase obtuso. Resguardo da magia de transformação, de amor que não prende, mas que revoluciona.
Recriação constante de uma força enorme que em mim depositaram, desfaleço por vezes numa almofada fofa e repleta de sonhos, que não posso, não quero, permitir que permaneçam sonhos.
Quero encontrar-me no Outro. Desafio mútuo, proibida a cobardia ou a fragilidade de uma auto-estima que necessita de beleza ou inteligência não suas. Numa partilha que não pressupõe interesses, lobbies ou facilitismo de estilo de vida. Casulo de borboleta.

1 comentário:

who disse...

havia alguém q dizia que os psic tiram o curso para tentar se compreender a eles mesmos, primeiro q tudo...
não sei?