junho 07, 2005

pull.position

Sinto-me na pull position. Quero voar, para além do pavor vivido quando os meus pés se ausentam para a atmosfera. É nesta antecipação de tudo, que o meu coração estoira. Não sei porque os fins satisfeitos só me causam mais insatisfação!
Aguardo, numa espera reflexa e curiosa, a próxima aventura, planeada, ou mais precisamente ponderada no instântaneo autêntico. Rebuscada nos veios complexos, instintivos, e reverberantes que o meu cérebro elabora continuamente. Sou uma sonhadora de realidades físicas que se conquistam, e de ideias espirituosas voláteis mas seguras. Uma vontade de borboletear espaços, tempos e seres, é uma essência fluorescente que tanto me caracteriza. Esta minha (des)fixidez é por vezes tão injusta com os outros, mas é minha, assumo esta tendência quase arrogante de não querer estabilidade. Qual o gozo? Onde está a liberdade? Que incoerência apreciamos, quando desejamos uma liberdade que depende, que se prende.
Esta loucura só nossa, torna-se mais livre, porque o meu desejo, e o meu querer são (des)corporizados. Mas quando corpozizam nós espiritualizamos, qual ritual biblíco. Não é assim Guapito?

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