abril 21, 2005

without.wax

Recuso. Este papel que inevitavelmente querem do meu eu relacional íntimo. Esta correria que cabe à fêmea depois do acasalamento. Sinto a inteligência insultada quando te enrolas nas desculpas amarelas e soluçantes. Prático, apratica as tuas vontades. É óbvio que não é fazível "todo, tudo, demasiado", que nem eu, te preciso sempre, te penso sempre, te quero sempre. Daí que me seja quase irónico apreciar as prioridades diferentes. Não tenho talento para este comportamento de menina enciumada, não vejo razões para que este pilar seja difícil de engolir, quase o primeiro de todas as relações.
Agendas mais ou menos plásticas, cheias de orgulho e manias.
Não vês que todas as noites poderia encontrar uma prioridade, lazer, loucura, ou desejo de liberdade antiga. Se abandonarmos a tarefa de mostrar vontade, não nos conseguimos instigar, mover um para o outro, e para um percuso único. A substância central de me envolver contigo, dentro de ti, dentro de mim, é urgência de crescimento comunicada, não adiamentos esburacados de incoerências. Nem vícios de justifações parvas, como se o outro não sobrevivesse sem esse diálogo surdo de meias verdades. Nós. Prácticos. Sem soluços. Sem mentirinhas urticantes e omissões banais. Criando prioridades de verdade. Without Wax.

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