Azul. Cor latejante de aventura e horizonte que me transforma, apesar do medo. O meu olhar perde-se no presente, e futuro próximo. Nebulosidade que se apaga. Agora sei porque me vaganbundei tanto no passado, dado que me redescubro mais forte, acolhida num sofá de palavras ricas e poderosas, as essencialidades. Os livros que desfolho relevam-me talvez o teu rosto salpicado, de uma alegria de orvalho e pureza. É da minha natureza esta necessidade de me mover, de partir, para poder chegar, só para um dia chegar de vez. Nuns braços teus de porto, a uma marina de intimidades explosivas e ricas. A partir desse momento, saberei intuitivamente que todas as explorações permanecem em terreno próximo, porque a nossa proximidade torna-se respiração, e traduzem-se numa arqueologia dos teus sentidos, das tuas experiências, sonhos, desafios e suspiros. Suspiros que de tão partilhados se tornam linguagem. E então, o barco fica-se, o vôo tem sempre dois lugares.
2 comentários:
De blog em blog, desscobro o quinze dias. Gostei muito, acho-te fantástica a escrever, parabéns!!
intenso?!
nada de medos de "public exposure";) não é easyM?
justanonymous
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