Lembro-me dos meus olhos hoje de manhã, enevoados, mas adocicados pelo sono bem dormido, e das pequenas névoas do entediamento que já se deixavam preencher de transparências. Responsabilizei-me pela tristeza, sem fugas! Uma culpa carinhosa pela falta de investimento em mim, mim mesma, isso mesmo! Podemos contemplar apenas uma ou duas frequências da vida, qual experiência radiofónica. Existe um zapping necessário, para todos os estímulos, mesmo para com os outros, os grandiosos estimuladores de crescimento. Crescemos em diferentes dimensões, e caso uma das vertentes faltar, não há satisfação possível... pelo menos suficientemente realizadora.
É só borboletas nervosas, sem direcção, conscientes da sua beleza 'importante' mas encarceradas num minúsculo tempo de vida. Sentimos as diferentes camadas, assustamo-nos com a espessura de algumas, e depois adormecemos durante alguns períodos, "entretidos" sem divertimento sanguíneo, seja numa história novelesca que não nos pertence, num desafio esférico, ou por discussões de egos politicamente incorrectos.
Objectivos mais clarificados, que se elevam das experiências, como códigos que se revelam, faltam aqui, e agora! Que eu adiante alguma parte das cenas seguintes, para além de todas as minhas impossibilidades visionárias...
2 comentários:
...maravilha do entrelaçado das suas palavras...num desfile de rostos com asas...A sua escrita é fantástica e "glamourosa" de quem tem na ponta dos dedos a curta distância do Futuro...
Beijos.
Tereza
Gostei muito deste post!
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Walter
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