Tentei comprar um "journal", em que o marketing baseia-se no facto de terem sido usados por grandes criadores, mas considerei esta hipótese mais desafiadora... e menos espartilhada no que se refere ao texto que se produz! Maior liberdade portanto...
maio 28, 2006
hot.enchantement
Queria tanto. As minhas mãos atropelam-se quando ainda quero. Não sei bem o quê. Quem. Perda ou invenção temporária de que a intimidade religiosa ficou num lugar qualquer bem terno, bem quente. E o calor é antítese de outro contexto, em que os corpos ainda se uniam, como chamas fluorescentes, de um laranja partilhado. Sem complicações, de liberdades estúpidas e vaidosas.
Este calor pode humedecer barrigas, pode até adormecer energias, promovendo a preguiça de sol e mar, de sonhos novos de outros olhares, profundos e doces. Mas não faz esquecer, nem permite evitar o que se viveu, rotulado ou não, rebuscado numa história que se quer parva. Insistência tola, paixões que se abandonam precisamente por serem, de facto, paixões.
maio 23, 2006
not.sexy.but.so.myself
Sexy attitude ausente, latinicidade que não descobriram em mim no último espaço intercultural. Espontaneidade em que envolvo os dois sexos numa comunicação idêntica, numa pornografia de almas, mas não de enganos espumosos e repentinos. De facto, não tenho trejeitos de cabelo, olhares medidos, nem roupas que exarcebem curvas, que no meu caso particular e íntimo, se mostram à luz do candeeiro, que se mistura com uma lua cheia, sem artifícios, e sem complexos. Não combino todas as cores e artefactos, com medo que me descubram defeitos. Não chamo a tua atenção porque sou a mais bela, porque não sou. Mas sou tão eu. Não é lindo ser-se próprio?!
A moda passa por mim, e eu só deixo entrar aquilo com que me identifico. Uma simplicidade arrogante, de quem quer olhar para dentro, e que assusta. Mas derreto as máscaras, todos os bloqueios sísmicos e tão perturbadores.
Sorriso meu, que desata os nós, mas não tem gloss, nem botox. Assumo a minha pouca sensualidade consensual, porque se olharem bem... ela já cá está, e expressa-se em cada um de forma pessoal e instransmissível.
A moda passa por mim, e eu só deixo entrar aquilo com que me identifico. Uma simplicidade arrogante, de quem quer olhar para dentro, e que assusta. Mas derreto as máscaras, todos os bloqueios sísmicos e tão perturbadores.
Sorriso meu, que desata os nós, mas não tem gloss, nem botox. Assumo a minha pouca sensualidade consensual, porque se olharem bem... ela já cá está, e expressa-se em cada um de forma pessoal e instransmissível.
maio 19, 2006
calor.sentido
E agora, que o tempo quente escorre pela tua face. Que os beijos que se esperam já se avizinham. Quando sabes que tudo faz sentido, e que o teu percurso foi detalhadamente demarcado por um sábio, ou sábia tontura. Em que te sentes abraçada pela harmonia das pessoas de quem gostas, mesmo sem grande aprofundamento de razões, esquemas ou interesses.
A noite que te convida a estar entre conversas musicais, bebidas doces, corpos expressivos, como a vida que se atropela, quando a tua energia estoira. Aculturas-te de tudo, nunca te limitando a uma ou outra actividade. Quero manter esta abertura, esta vondade de experimentar todas as dimensões sem me perder, ou viciar em nenhuma em particular.
Tudo compõe. Tudo excita e estimula uma mente curiosa e sequiosa de tudo, de ti, de mim. Da experiência de ser. De estar com.
Por favor, faz o favor de esqueceres o ter, parecer, o dever ser ou o poder.
A noite que te convida a estar entre conversas musicais, bebidas doces, corpos expressivos, como a vida que se atropela, quando a tua energia estoira. Aculturas-te de tudo, nunca te limitando a uma ou outra actividade. Quero manter esta abertura, esta vondade de experimentar todas as dimensões sem me perder, ou viciar em nenhuma em particular.
Tudo compõe. Tudo excita e estimula uma mente curiosa e sequiosa de tudo, de ti, de mim. Da experiência de ser. De estar com.
Por favor, faz o favor de esqueceres o ter, parecer, o dever ser ou o poder.
maio 17, 2006
saké&back
Back. Austria devolveu-me o optimismo. Quanto à calma, do lago e da montanha, é sempre mais difícil se verificar comigo o mesmo contágio. Mas o optimismo, está-me no sangue. Assim como a aventura, o internacionalismo da minha cidadania e a participação activa no delineamento do meu percurso.
Acho que o não formalismo das aprendizagens que fiz, a experiência vivencial daquilo que os livros me contavam ao ouvido, alargaram a minha mente com novas perspectivas, e sonhos frescos. Como a brisa primaveril que já está a fugir, dando lugar ao calor dos sentidos renovados.
A nova estrutura, aquela que esforçadamente tem nascido em mim, desabrocha para uma etapa de concretizações que tanto esperei, e que agora saboreio pouco a pouco. Como um sashimi deliciosamente oriental, intercalado com amigos calorosos e saké, como não poderia deixar de ser.
maio 01, 2006
mangas.up
Como a mudança incomoda! É o tractor que estilhaça os caminhos conhecidos, já desfeitos pela chuva e vento, mas nos quais, agrestemente, continuamos a buscar tempero e contentamento. É a roupa da cama que temos que mudar, porque já transpiramos muita emoção.
E se as decisões mostram-se urgentes e urticantes, ora arregaça-se as mangas, e bora lá confrontar o mundo, interior ou exterior. Aquela réstia de medo, entalada nas inseguranças desconhecidas, agora flutua no mar brilhante. O sol anima-me, de cada vez que sinto que fui real, autêntica, e não tive receio de me mostrar vulnerável, expressar o meu querer dar mais, esperando a oportunidade para isso. Insucesso temporário, porque nada ficou remoído.
E tudo é teu de novo, sempre que te deste realmente.
Esquemas mentais, livres, suspensos em tanta sensibilidade.
E se as decisões mostram-se urgentes e urticantes, ora arregaça-se as mangas, e bora lá confrontar o mundo, interior ou exterior. Aquela réstia de medo, entalada nas inseguranças desconhecidas, agora flutua no mar brilhante. O sol anima-me, de cada vez que sinto que fui real, autêntica, e não tive receio de me mostrar vulnerável, expressar o meu querer dar mais, esperando a oportunidade para isso. Insucesso temporário, porque nada ficou remoído.
E tudo é teu de novo, sempre que te deste realmente.
Esquemas mentais, livres, suspensos em tanta sensibilidade.
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