Para 2006. Primeiro, antes de tudo o mais, não tenho lista, nem objectivos a satisfazer rabiscados no caderninho de argolas com borboletas. Não tenho menu para as relações, para as necessidades de concertações e gargalhada social, nem para copos e bebes, nem aumentos, promoções, ou solidificações profissionais previstas.
Não tenho tempo, mas também não fiz previsões para planear o dia, a semana, o tal mês. Não preciso de deixar de consumir o que quer que seja, nem de comer os incomestíveis (o yoga resolve todas as questões estéticas e mantém-me eternamente fit... Danke). Apesar dos defeitos, não tenho que realizar regressões ou análise para uma reestruturação da minha cara personalidade complexa e imprevisível. Não instalei limites para a minha auto-estima, independência e persistência, mas também não tenho para a paciência, para a tolerância e calma. Não tenho evasões milimetricamente planeadas, nem que sejam para timbuktu, não tenho cartões de memória guardados para as tais fotos inesquecíveis que adormecem a vontade de aventura, mesmo que seja só até à baixa.
Não pretendo ser o máximo, nem ser admirada, nem especialmente nada...
Não espero encontrar a minha alma gémea porque ainda não sei o que fazer com ela, i.e., ainda não descobri o que fazer com a minha.
Peço apenas isto, que seja eu própria em 2006, que faça mais do que já faço, sobretudo o que me realiza e dá prazer, sem vitimizações, nem culpa.
1 comentário:
Que seja um excelente 2006, então :)
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