junho 26, 2015

A tristeza observada!

É um padrão repetitivo, não direccionado, indiferente do contexto onde se está. 
Pessoas à beira do abismo, presas em filmes tóxicos. Quadros de referência ancorados em palitos. Realizações e afirmações externas, sem substrato consistente. 
Até aqui era só isto suficiente. Incrível.
Entretanto saímos de cena, porque já não percebemos onde estamos. Consumo obsessivo que nos assegurava o foco, recheado de prazeres mortiços. 
Versão adocicada do ego e de um estilo de vida apetecível. 
Há que mudar de história, o que implica quase uma reformulação de tudo o somos.
Nada fácil mesmo. 
Grande o sofrimento.

junho 24, 2015

Quando... On repeat!

Sabes que se repetem as ações, consequências ou intransigências! 
Consideras que já chega de repetir padrões na relação. 
Uma nova fase que não chega, mas o facto de a querer já inquieta. 
Contexto que se muda, mas dinâmicas internas que cristalizaram. 
Pequenas sincronias por vezes desatentas, e insatisfações ignoradas. 
Há tanto que melhorar. 
Porque insistimos? Tentando novas estratégias, criando novas interpelações. 
Alguma teimosia à mistura. 
Acreditar no outro e reinventar-se para continuar a acreditar.
Comunicar.
Compreender. 
Dar-se.

junho 20, 2015

Trabalho... Trabalho...

Invento trabalho. 
O futuro dele, pelo menos. 
Procuro oportunidades, algum potencial criativo engasgado, não realizado, que teima em gerar insatisfação. 
Redireccionar sempre o descontentamento, a frustração em energia, optimismo e perseverança. 
Por vezes cansada. Mas o foco sempre claro. O resultado nunca. 
Poderei ter algo para partilhar sobre esta área de realização? Ainda que a minha própria nunca a sinta atingida!
Talvez. Quem sabe. 
Falta apenas o plano e o compromisso com ele. 

junho 17, 2015

Onde a vida existe...



Aqui e agora... fui!

Coragem...

Sei que quero. Que preciso dessa mudança. Que os tempos que virão serão muito diferentes, que vão exigir que me descentre. De mim. 

Acredito que as escolhas e as estratégias terão que ser diferentes. Que o que aprendi e experimentei me dará força e determinação neste caminho. Talvez menos percorrido. Talvez um tanto abandonado. 

Penso sempre em mais alternativas, em mais diversões e estímulos. Mas, na verdade, a vida acontece e simplesmente, espera-me.
Para ser diferente. 
Para crescer de outra forma. 


junho 12, 2015

Viajar...

Como criei eu esta rotina de viagem?
A caminho de trás os montes, e a desligar-me de Lisboa cheia do santo! 
Existo assim, por vezes cansada, mas feliz com tanto estímulo. 
Os momentos em que me evado só, a tranquilidade abunda.
Só pode ser bom sinal. 
Alguma coisa tenho feito muito bem mesmo!

junho 10, 2015

Limpar

Quando limpo, sei que purifico. Que a energia flui melhor, dentro e fora. 

Mas porquê tão pouca vontade em limpar, em arrumar o exterior? 
Será algum reflexo de um interior desorganizado, algo menos estanque cá dentro. Um caos interno de multiplicidades. 
Falta de compartimentos, de ferramentas de arrumação.
De sítio para colocar as coisas, as memórias, as pessoas e experiências?

Ou será mais um vivência rica interna mas não caótica que me faz desvalorizar o desalinho da matéria, dos objectos, da casa...

Hoje organizei o exterior, mesmo sem conseguir responder à fraca presença do gene da ordem da matéria em mim!

Mas fiquei com o da ordem das ideias. 
Grata. 

junho 09, 2015

3 anos... e outros tantos!

Como resumir a viagem, a aceleração destes últimos três anos...
Difícil tarefa esta, qual buraco negro de concertação espaço-tempo!

Como um crescimento que não se vê de fora, que nos recheia por dentro, que nos aprimora, e que acomoda experiências únicas, profundas!
Sou uma melhor pessoa, sou mais mulher, sou mais viajante, sou mais estudante e sou mais criativa e feliz.

Consigo hoje uma profundidade nas relações, nas ações, nos momentos que nunca tive antes. A experiência recheia-nos de significados belos e sinérgicos. E depois, perdemos o medo da rejeição e isso é tudo!

A trintena dá-nos uma beleza com várias camadas. Desenvolvemos a empatia e curiosidade necessárias para nos aceitarmos, tal como somos, e aos outros no seu próprio devir e transformação. 

Há tanto que não cheguei a realizar, tantos planos que não saíram do papel, tantas aventuras que não aconteceram. Mas em vez de me frustrar, e de me perder com pensamentos repetidos e negativos do que não foi, do que não aconteceu, só consigo ver tanta dádiva, entrega, amizade e amor que se manifestaram. Um balanço totalmente saldado de forma positiva. Sobrepositiva. Uma grande vida aconteceu. 

Perdi alguém, perdi uma âncora. Um grande amor. Um grande Pai.  
Mas encontro-o agora em mim, a manifestar-se todos os dias de uma forma surpreendente no meu florescer para uma outra fase. 

Madura. Intensa. Presente. Fluída. 

Recomeçar!



É tempo de voltar a escrever... 
É tempo de desacelerar... 
É tempo de... 
De querer mais do tempo, e do estar aqui e agora!