Sinto este momento, como um fora de jogo. Não valeu. Doeu. Falta. A minha ansiedade estoirou, agora aprendo a controlá-la, quanto te zangas comigo. A tua irritação rebenta a minha preguiça em riscar o que não interessa, impede os adiamentos de decisões que se atropelam. Imprimes urgência de limpeza, mas eu, que sempre pensei que o tempo era a variável que elimina, e que responsavelmente afasta as más influências. As invejas disparatadas, muitas vezes só desta minha instabilidade crónica, com eixos estáveis que são os mais evidentes, e assutadores!
Só tu sabes, qual meu treinador, que a lutadora se parte, que as emoções jorram-se no teu colo de forma dramática, escondida. Não tenho medo do exterior, da agressividade das relações pessoais, profissionais, sei que recupero por arriscar sempre o contra-ataque. Mas temo pela perda do meu entusiasmo, da minha alegria irónica e sarcástica por vezes. Engano-me tanto com tanto. Respiro a realidade por um filtro por mim criado, em que vejo tudo a favor da luz! Mais tarde redescubro todo um novo quadro, uma realidade contra a luz. Impeço o contagio. Fortaleces-me estratégicamente, mas de facto estou impossível!