Estou longe. Fora da mesma perspectiva, a contemplar a calma que me falta por vezes. Helsinquia invade-me a pouco e pouco, com a sua nordicidade e os seus graus de alcool em exagero, quando a noite chega.
Recomeco um novo mapa mental, em que inscrevo novos percursos que a cada dia passam a fazer parte da minha historia. Por ali passei, leve. E é assim que me sinto, como se reavaliasse o esforco, a falta de tudo nesse tempo que me fugiu, e quase me atropelou as vontades.
Insucessos que se mastigam como uma vodka amarga, escura e cara, muito cara.
Novos rostos, novos percursos de vida que passo a conhecer entre sorrisos, entre culturas que se sentem. E nao me concebem portuguesa, nao encaixo no estereotipo. Tambem nunca me confortei em nenhum, nunca quis ser o que se espera. E continuo a nao querer.