dezembro 17, 2007

desta-vez-não-me-desculpo

Com algum afastamento da reflexão destas páginas digitais, o certo é que algumas fases importantes transportaram-me até este dezembro que encerra 2007. Engraçado como não me pareceu estranho não ter muito para dizer, ou para reflectir. Continuo a acreditar que a experiência me tem obrigado a não intelectualizar tanto, o que me esforço todo o santo dia por racionalizar.
Abrando a minha necessidade de controlo. Exaspero porque não é uma zona de conforto minha: expressar emoções, deixar que os projectos se circulem um pouco, que outros controlem um pouco as minhas determinações evaporantes. Tenho sem dúvida crescido muito. É bom quando outros libertam em nós estruturas rígidas e com confianças verdes.

setembro 30, 2007

a-explorar-melhor



experiência.portenha

E por esta experiência fui obrigada a parar, ainda que a uma velocidade de movimento impressionante, a aculturar-me de outra perspectiva atlântica. As duas semanas permitiram uma re-exploração de algumas atitudes ou posturas mais rígidas, de uma aventura interna. Conheci a argentina por dentro, por fora, através de olho turístico, através de olho historiador, através de olho ávido de novas experiências, e revi-me em muitos locais, em muitas histórias, em muitos princípios.
Agora regresso, com uma grande força, para um plano meu, que incorpora vários pressupostos, e novos desafios, destinos, e loucuras.
Quero que a aceleração continue, sinto-me com recursos para contornar dificuldades, continuo na busca de novos conhecimentos, que me viciem, que me sensibilizem.

agosto 29, 2007

passei.pela.partida.de.novo

E a vida é como um monopólio. Vou voltar a passar na casa da partida e recebo mais ânimo e mais possibilidades. Perdi as propriedades, as dependências, e experimentei em alternância diferentes níveis e alvos de investimento. O jogo continua com os seus sinais proibidos, e penalizações por algumas infracções, e o amor está num pólio da minha existência em que vou coleccionando todos os bocados que amei, e podemos sempre ganhar duas vezes, e perder de igual modo repetidamente.
E quando invadimos o outro ou qualquer lugar que ele considere seu, somos questionados, somos barrados, expulsos ou então pagamos. Muitas vezes a nossa liberdade e alegria. Que quase nunca vale a pena. Continuo a piscar o olho ao nunca para ele desaparecer e dar lugar ao sempre. Quero sempre. Quero-te sempre.

agosto 18, 2007

livros.da.minha.vida

a.while

O afastamento, foi um pouco longo. Eu sei. Mas foi preciso todo este conjunto de momentos, para me organizar, para ter férias, e para priorizar tudo de novo.
Hoje passei o dia a arrumar a vida. Os meus livros, dossiers, material escolar, planos profissionais, cupões de embarque, e todas as tentativas determinadas da minha vontade de crescer e explorar.
Onde quer que ela me tenha levado até agora, levou-me bem... Tenho que lhe dar mais crédito daqui para a frente.
Incrivelmente tudo parece muito planeado, afastando a hipótese de alguma síndrome obsessiva da minha parte, até parece um desenho de um projecto que derrapou pouco. Mesmo sem que a autora tenha talento algum para as artes gráficas.
Fica-se pelo conceito e pelo projecto, de todos os dias afirmar-me mais um pouco.

junho 18, 2007

a.paichão.a.dar.de.si

Claramente a primavera não é altura para eu me apaixonar.
Perdi seriamente a noção de quando me apaixono, a última vez foi num inverno, arrábido.
É a veia do incomodado, que corre bem, sempre bem quando regresso ao estado de alegria egoísta.
Aprendi a lidar com esta minha dificuldade quase insensata.
E o verão chega aberto a compromissos que não aqueles que custam muitos telefonemas, encontros obrigatórios e insatisfações.

maio 22, 2007

carpe.diem.li


justa.tem.sido.a.vida.comigo

Não falo da justiça legal, nem da ilegal, nem de hipóteses pensadas espiritualmente quando nos refugiamos nos sentidos estranhos. Falo sim, da reciprocidade com a vida que sinto neste preciso momento. Aquilo que dei importância, onde me esforcei, onde investi, onde soprei, incomodei, onde amei, retornou num momento ou noutro, num refluxo de reconhecimento, de apreço, de força. Que não me falta nem astralmente, nem corporeamente.
Assim, sinto a vida justa, aprecio o seu reequilíbrio, e precisava sem dúvida da espera.
Onde me centrei, sem dispersões, ergueu-se a virtude do valor. Porque, minha gente, há que aprofundar tudo. Aprofundem-se por favor. Planeiem-se. Projectem-se e foquem-se.
E daí a transformação que esperam...

maio 10, 2007

maria.rita.sabe

"Vem pra misturar juizo e carnaval
Vem trair a solidão
Vem pra separar o lado bom do mal
E acalmar meu coração
Vem pra me tirar o escuro e a sensação de que o inferno é por aqui
Vem pra se arrumar na minha confusão
Vem querendo ser feliz
Vem pra misturar juizo e carnaval
Vem trair a solidão, não
Vem pra separar o lado bom do mal
E acalmar meu coração
Vem pra me tirar o escuro e a sensação de que o inferno é por aqui
Vem pra se arrumar na minha confusão
Vem querendo ser feliz
Vem pra me tirar o escuro e a sensação de que o inferno é por aqui
Vem pra se arrumar na minha confusão
Vem querendo ser feliz, feliz"

maio 08, 2007

my.hurting.muscles.my.happy.face

Apelidada de saudável, nem estou em mim após esta observação que o meu líder me fez. Com um ar totalmente saudável. Não lhe contei o segredo, pois não quero para já divulgar uma receita que experiencio há pouco.
Mas é a fórmula do domingo ao sol e de alguns músculos exercitados, ou melhor magoados por alguns jogados de voleyball mais entusiasmados. Onde me incluo eu. Com muito esforço em cada jogada, porque na vida ou se está mergulhado e embalado, ou então nem o descanso nos saboreia bem.

maio 05, 2007

baby.wanna.be.ready.to.go

Jogos de olhares, de sms, de msn, que não me puxam, não me arrancam da minha boa disposição calma, sem reflexos de desejo de alguma intensidade extra.
Situações que não pedem nem o meu controlo nem o meu exagero, não me puxam ponto. Serei insensível, ingénua ou estarei sob qualquer outro estado ou traço que comece com "in".
A verdade. Não me apaixono há muito, nem me atraiem nas seduções, para aqueles que ainda diferenciam o estado de apaixonamemto do de excitação.
Categorias a mais. Nudez a menos. E não falo da física.
E detesto as regras do jogo, não as cumpro, perco, normalmente antes da linha da 1ª chegada beijada, todos os participantes.
Selecção afectiva natural.

maio 03, 2007

voltei.dançando

E bem... bem que eu gostaria de poder enumerar as sensações e mais valias destes escassos mas recheados dias de férias. Pensando em mim, já nem me lembrava do meu estilo de funcionamento no modo "férias".
Na verdade, gosto mesmo de mim de férias. Não estamos a falar de ócio...
Estamos a falar de dança...

abril 24, 2007

e.aquele-dia-rosario

Nesta fase que perdura há muito, em que me reorganizo os sentidos, dou agora, depois de algum esforço (sim a razão... aquela força bruta da minha rede neuronal) primazia ao que sinto, e estabeleço dinâmicas novas.
Aprendi que partilhar amigos é o acto menos egoísta que conheço, e sobretudo quando se sente que estas novas relações serão os desafios necessários para a minha estrutura "formal" e um tanto ou quanto rígida.
A verdadeira amizade é aquela que nos desenvolve onde precisamente andamos a pôr clips e alfinetes. A estrutura que se sustém por medo, de ser diferente, de nos diagnosticarem alguma fragilidade.
Havia um barco e um conjunto de pessoas que se motivam e animam em fluxos de conversa, música e partilha. Pessoas que se conhecem pouco (aplica-se para alguns), mas que se apreciam em rede.
Alegria, coisas simples, bom dia maravilha.
E Laila, tanto que eu gosto de ti. Obrigada.

março 28, 2007

nada.mudasse.contigo

Queria ver-te diferente, envolvido numa busca da onda mutante que nos leva a todos. Mas tu não a sentes, desconfias em substituição. Vejo-te a ti, e outros estagnados numa imobilidade que não passa por se coçar, irritante inércia de sentidos que se esqueceram, qual naufrágio sob os à flor da pele.
Desenvolver, concluo é árduo, incomodativo. Mas quando não nos envolvemos nesta periclitante intensidade de alterações de estados e motivos, ficamos assim... que palavra escolher para ilustrar a rigidez agridoce, um paladar que sabemos não nos faz bem, mas que nos conforta comodamente.
É preciso coragem? Sim, mas sobretudo muito incómodo e trabalho para que a verdadeira pessoa se revolte dentro da cápsula de influências e expectativas.

março 01, 2007

e...

Só sei que é altura de ficar física. E mais não acrescento, nem penso.

janeiro 30, 2007

a.diante

E agora, quanto tempo tenho em 007.
Quantos equilíbrios vou conseguir entre a minha vida profissional, que se move tão bem, social e diligentemente, num abraçar de sucessos, pequenos, mas contínuos.
Mas e o outro lado? Uma realização íntima que já nem me lembro como acontece. Histórias sentimentais que se interrompem, "desculpem... engasgei-me em alguém". E nem valeu a pena. Não era um deus grego, nem uma inteligência relativamente estimulante.
Perdi a receita, sem me fechar, canalizei-me em tudo o resto, na minha mente, na minha rede social, nos meus desejos de actividade e aventura. E assim, um dos mais fortes impulsos humanos transfere-se em mim em criatividade, energia e estímulo abstracto.
Será que há um ano o meu coração deixou de estar sensível, de ser capaz de se entregar.
E o meu corpo, ainda reage? É grave.
Porque não quero ninguém. Nem o que foi. Nem o que será. E preocupa-me cada vez menos este meu estado assexuado e feliz. Terei eu tido um amante egoísta que me selou por algum tempo. Ou demorei este tempo todo a fortificar quem sou, emocionalmente.
Para amar bem. Daqui por diante.