Agora sei que nada é por acaso.
Acaso serei eu ilusionista de sentidos escondidos em lençóis que não se usaram, nem transpiraram emoções sublimadas. Lembro-me do que senti, tal como um balão que se esvazia de sonhos, expectativas comestíveis, chiando de tristeza e frustração.
E vejo-te agora a declamar-me passados sentidos, e rebuscando ordens implícitas a um reencontro, que deixou de fazer sentido, pelo menos o explosivo que teria sido.
Depois do verão, tecíamo-nos numa história só nossa. Enroscávamo-nos em beijos toscos e perdidos.
Mas adiou-se a história, e a aventura dos sentidos, de te ter em mim, de te espreitar o centro do peito. Rebuscar o sentido da tua alma se ter compatibilizado com a minha, num momento único. Em que pela primeira vez a intimidade me fez fugir.
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