março 28, 2007

nada.mudasse.contigo

Queria ver-te diferente, envolvido numa busca da onda mutante que nos leva a todos. Mas tu não a sentes, desconfias em substituição. Vejo-te a ti, e outros estagnados numa imobilidade que não passa por se coçar, irritante inércia de sentidos que se esqueceram, qual naufrágio sob os à flor da pele.
Desenvolver, concluo é árduo, incomodativo. Mas quando não nos envolvemos nesta periclitante intensidade de alterações de estados e motivos, ficamos assim... que palavra escolher para ilustrar a rigidez agridoce, um paladar que sabemos não nos faz bem, mas que nos conforta comodamente.
É preciso coragem? Sim, mas sobretudo muito incómodo e trabalho para que a verdadeira pessoa se revolte dentro da cápsula de influências e expectativas.

4 comentários:

perhaps disse...

Fazes parte dos estagnados, dos timidos, ou sabes exactamente o que queres da vida?

bjks

Andreia Cavaca disse...

'Desinstalada'; costumo pensar que sou isso mesmo, desinstalada! e que todos deviamos procurar essa 'desinstalação' que só advém de procura de novos sentidos, novos lugares, novos rostos, novos conhecimentos. só esta salada de russa de coisas novas nos pode levar á tal mudança que falas, à tal aprendizagem que muita gente devia desejar.
parabéns por também teres a coragem de não seres mais um cordeiro estagnado....

perhaps disse...

Bom Domingo de Pascoa para ti

Unknown disse...

Não tenho talento para responder a comentários... Mas vou arriscar!

hl - Beijinhos e muitas mudanças positivas.

perhaps - Uma boa páscoa para ti também. :) Eu sei em cada dia tomar decisões que são o que quero da vida naquele momento. Consigo igualmente adiar a gratificação, e lutar por objectivos mais além. Mas acho que nenhum de nós sabe exactamente o que quer da vida, pois não? Experimentamos vários objectivos, valores... Somos uns experimentadores de fluxos!

andreia - Gostei da expressão desinstalada. Nunca a utilizei antes, mas fará daqui para a frente parte do meu vocabulário. Acho que tenho uma grande capacidade de me incomodar a mim mesma, sempre que a preguiça me tenta aconchegar com delícias instantâneas. *