março 29, 2005

quase.obsessões.crash

Fugia um pouco disto.
De me deixar depender, de me depender de alguém. Apercebo-me que sempre fugi, da incerteza trémula, das esperas absurdas, de comunicações que não são de todo necessárias, mas que se pensa merecer.
Como quem dá o dedo, quero o braço, e esse ombro que me “costeia”quando te amo. Quem pede é aquela parte de mim que escondia. Entrego-a numa bandeja envidraçada, numa madrugada que se reinventa suada.
De uma noite que irritantemente cria mais e mais necessidades, e receios da criatividade nos abandonar o desejo. Elaboro sempre demais. Desejo igualmente desconcertadamente. Percebo-me até agora instável, humoristicamente desnivelada, e pretendo mudar. Encontrar uma oscilação terna nunca aborrecida, sempre irónica e desgarrada.
Lambuzar-me sem recusas, mas com esperas protegidas. Faz acontecer o meu riso aberto e infantil, tão travado pela lógica das frontalidades.
Sei-te urgente, e isso apraz-me.
Conheço-me calma agora, passiva quando me envolvo.

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